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Reposição hormonal na menopausa: a influência da genética no tratamento

  • faissolnatalia
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

Se você está passando pela menopausa ou está se preparando para essa fase, é natural que queira entender até que ponto a reposição hormonal é segura para você.


reposição hormonal

A transição para a menopausa costuma gerar dúvidas nas mulheres: “será mesmo necessário fazer?”, “existe risco aumentado para câncer de mama”?

A boa notícia é que não existe resposta universal. Existe a SUA resposta e ela depende do seu corpo, da sua história de saúde e, muitas vezes, da sua genética.

 

Por que a reposição hormonal é indicada?


A menopausa, geralmente, vem acompanhada de alguns sintomas que trazem impactos na qualidade de vida e na saúde Além do famoso “calorão”, ela pode afetar o sono, humor, trazer secura à pele, cabelos e mucosa vaginal, perda óssea, falta de energia e disposição e impactar os relacionamentos e a autoestima.


A terapia de reposição hormonal (TRH) é uma ferramenta valiosa para ajudar a minimizar esses sintomas, mas como toda ferramenta, deve ser usada com critério.


Quando a reposição hormonal costuma ser indicada e quando deve haver cautela


Existem situações que é preciso ter cautela ou até evitar a reposição, como por exemplo:


  • histórico pessoal de câncer de mama ou endométrio ou alterações prévias nesses tecidos

  • quando há fatores de risco elevados: obesidade, história familiar de câncer, exposição prolongada a estrogênio, entre outros;

  • trombose prévia,

  • algumas doenças hepáticas,

  • risco cardiovascular muito elevado.


O ponto é que os hormônios influenciam tecidos que respondem ao estrogênio e à progesterona, então é preciso entender se a reposição vai ajudar ou se pode aumentar algum risco para a mulher


Por isso, a decisão de usar ou não a TRH não deve ser automática e sim fruto de uma conversa cuidadosa entre médica e paciente, avaliando sintomas, saúde global, histórico pessoal e familiar.

 

E o risco de câncer?


O risco de desenvolvimento de câncer existe, mas depende de vários fatores. A ciência nos mostra alguns aspectos:


  • Terapias combinadas (estrogênio + progesterona) têm maior associação com aumento do risco de câncer de mama, principalmente com uso prolongado;

  • Terapia com estrogênio isolado pode aumentar o risco de câncer de endométrio se a mulher ainda tiver útero;

  • O impacto sobre câncer de ovário ainda é estudado, mas há pesquisas apontando aumento discreto de risco.

 

O papel da genética médica: quando consideramos o risco hereditário de câncer


Aqui entra uma área extremamente importante, onde a avaliação com uma médica geneticista pode oferecer orientação personalizada e embasada.


Muitas mulheres têm histórico familiar de câncer de mama ou ovário, ou mesmo carregam variantes genéticas de alto risco, como mutações nos genes BRCA1 / BRCA2. E isso precisa ser considerado.


A TRH pode fazer uma diferença enorme na vida de muitas mulheres aliviando sintomas, preservando saúde óssea, metabólica e da qualidade de vida. Ao mesmo tempo, há riscos, especialmente oncológicos, que não devem ser ignorados.


O papel da genética médica é muito importante, especialmente, quando há histórico familiar: é possível, com conhecimento e cuidado, explicar os benefícios e os potenciais malefícios, demonstrando os riscos e permitindo uma estratégia personalizada de saúde e prevenção para que a mulher tome uma decisão consciente sobre os potenciais riscos.



 


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Médico responsável: Dr. Natalia Faissol - CRM 102.004-8 /  RQE 51847   
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