Esclerose múltipla é uma doença genética?
- faissolnatalia
- há 4 dias
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Essa é uma resposta complexa, porque as causas definitivas da esclerose múltipla ainda são estudadas. Acredita-se que a esclerose múltipla pode ser causada por um conjunto de fatores, tanto genéticos quanto ambientais.

Apesar de não ser considerada uma doença hereditária – transmitida dos pais para os filhos –, ela pode ter relação com alguns genes, assim como ser desencadeada a partir de algumas infecções virais (como do Epstein-Barr, o vírus da mononucleose), do tabagismo, obesidade ou deficiência da vitamina D.
Um ponto importante é entender o que é essa doença.
A esclerose múltipla, também conhecida pela sigla EM, tem três características principais: é uma doença neurológica, crônica (não tem uma cura definitiva e deve ser monitorada pelo resto da vida) e autoimune, ou seja, as células de defesa do próprio organismo atacam o cérebro e a medula espinhal e, dessa forma, causam lesões cerebrais e medulares.
Em todo o mundo, há em torno de 2,5 milhões de pessoas diagnosticadas com a esclerose múltipla. Aqui no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), tem cerca de 40 mil pessoas que vivem com a doença. Dessas, 85% são mulheres brancas e jovens, entre 20 e 40 anos. Vale desmitificar que essa não é uma doença mental ou contagiosa, além de não poder ser prevenida justamente porque ainda se estuda os fatores definitivos de sua causa.
Um exemplo é um estudo das universidades de Copenhague, Oxford e Cambridge que utilizou dados genômicos antigos para investigar a origem e disseminação do risco genético para EM. O estudo contribui para o entendimento dos fatores genéticos e históricos que influenciam a distribuição atual dessa condição neurológica. Os pesquisadores concluíram que o risco é multifatorial, envolvendo variantes genéticas e fatores ambientais modificáveis.
O que realmente sabemos sobre a esclerose múltipla: os sintomas para ficar atento
Se a causa da esclerose múltipla ainda é indefinida, os sinais da doença são mais claros. Afinal, esse comportamento errôneo do corpo, ao atacar o sistema nervoso central, pode provocar:
Fadiga: um dos sintomas mais comuns da esclerose múltipla. A pessoa pode ficar com um cansaço intenso, em alguns momentos até incapacitante. É mais comum após se expor ao calor ou realizar alguma atividade física intensa;
Problemas na fala ou para engolir alimentos;
Perda de equilíbrio ou falta de coordenação;
Visão embaçada;
Fraqueza geral;
Rigidez dos membros ao se mexer;
Transtornos cognitivos, emocionais e impactos na sexualidade.
Ao identificar esses sinais de modo persistente e por algumas semanas, busque a avaliação médica.