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Dislexia pode ser hereditária? Como identificar esse distúrbio

  • faissolnatalia
  • 19 de nov.
  • 2 min de leitura

Se o pai ou a mãe é disléxica, há chances do filho apresentar essa mesma condição. Caracterizada pela dificuldade na identificação e pronúncias de palavras, além da leitura e escrita lenta, a dislexia é um distúrbio neurobiológico que afeta muitas pessoas e é persistente, mas que não significa uma limitação intelectual.


Qual o papel da dislexia na genética?

A dislexia pode ser leve, moderada ou severa, com a sua classificação baseada nos sintomas apresentados pela pessoa. Os sinais podem aparecer tanto na hora de falar, quanto de ler ou de escrever.


Alguns estudos mostram que a dislexia tem um alto grau de herdabilidade, pois cerca de 40% a 60% de disléxicos têm parentes com a mesma condição, justamente pelo papel significado que fatores genéticos têm na origem da doença.


Segundo um levantamento da Universidade de Edimburgo, são mais de 80 regiões do DNA que podem ser associadas à dislexia. Por causa disso, há padrões diferentes nas regiões do cérebro onde ocorrem a compreensão dos sons e das letras e, consequentemente, a dificuldade em associá-las de forma correta.


Mas também podem ocorrer fatores ambientais ligados à dislexia, ou seja, coisas que ocorreram em algum momento da vida e não tinham uma alteração genética diretamente envolvida. Entre esses fatores ambientais estão: complicações na gravidez, exposição a substâncias tóxicas durante a gestação (como a mãe consumir bebidas alcoólicas, medicamentos indevidos ou até mesmo drogas ilícitas) e a falta de nutrição adequada nos primeiros anos de vida.


Como saber que meu filho tem dislexia?


Independentemente se você tem dislexia ou não, é importante ficar atento aos sinais que seu filho apresenta na linguagem oral e escrita. As dificuldades podem estar ligadas a esse transtorno ou a outros, assim como pode ser alguma temporária que depois será superada naturalmente pela criança. O importante é ficar olho nesses sinais e consultar um especialista caso note:


  • Demora para desenvolver a fala;

  • Dificuldades para formar as palavras corretamente, pois confunde palavras parecidas (ou pronúncias semelhantes, como sílabas com F ou V) ou mesmo troca a ordem dos sons e das sílabas;

  • Demonstra muita dificuldade para se expressar, para nomear cores e números ou até mesmo para rimar;

  • Na hora da leitura, tem dificuldades para reconhecer as palavras ou mesmo nem entender o que leu - pode até ler uma mesma frase várias vezes sem perceber;

  • Não reconhece as palavras ou tem um vocabulário bem reduzido;

  • Lê bem devagar, de forma incorreta, abaixo do que se espera para a escolaridade;

  • Dificuldades para escrever, com erros básicos de ortografia, além de inverter letras e sílabas.


O diagnóstico da dislexia deve ser feito por vários especialistas na área de saúde, como fonoaudiólogos e psicólogos. Deve ser avaliado o nível de processamento fonológico (o quanto e como a criança consegue falar), o nível de leitura e, por fim, conversas com os pais, familiares e outros responsáveis para entender o histórico de desenvolvimento dela.


Se confirmada a presença da dislexia, deve-se iniciar um tratamento com acompanhamento de especialistas, que devem buscar reabilitar as funções relacionadas não só à fala, como também de respiração e até de mastigação. A psicopedagogia também pode ser importante para avaliar as dificuldades no aprendizado e saber como superá-las.



Se você precisa de uma avaliação, entre em contato comigo.

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Médico responsável: Dr. Natalia Faissol - CRM 102.004-8 /  RQE 51847   
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