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O câncer é hereditário?

  • faissolnatalia
  • 7 de abr.
  • 2 min de leitura

Todos os tipos de câncer são genéticos, mas nem todos os tipos de câncer são  hereditários.

 

câncer hereditário

O câncer é considerado uma doença genética porque sua origem está relacionada a mutações (ou alterações) nos genes, que são estruturas do nosso organismo responsáveis pelo controle da atividade celular. Existem diferentes tipos de genes, que desempenham diversas funções em nosso organismo, incluindo o controle do ciclo celular e a reparação do DNA.

 

Embora a maior parte das mutações não prejudique o funcionamento da célula, algumas delas podem ser patogênicas ou provavelmente patogênicas, ou seja, prejudicam o funcionamento celular. No caso do câncer, as mutações patogênicas podem ocorrer principalmente em dois tipos de genes: os oncogenes, que promovem a divisão celular, e os genes reparadores de DNA, que têm a função de corrigir erros no DNA e proteger as células de alterações que possam levar ao câncer. Quando esses genes são alterados, as células podem se dividir de maneira descontrolada e dar origem ao câncer.

 

Essas mutações podem ser adquiridas ao longo da vida, em função de fatores internos do organismo, por exemplo, erros na divisão celular não corrigidos, ou externos, como tabagismo, exposição a produtos químicos, infecções e radiação solar. As mutações adquiridas ao longo da vida são responsáveis pelo chamado câncer esporádico, que corresponde a cerca de 90% dos casos das doenças oncológicas.

 

Mutações genéticas herdadas são apenas 10% dos casos de câncer

 

Mas existe uma pequena parcela, em torno de 10% dos casos, em que o câncer é resultado de uma mutação genética herdada de pais para filhos ou até de gerações anteriores, como os avós. Esse é o câncer hereditário. Por essa razão, é tão importante conhecer o histórico familiar do paciente.

 

A presença de casos de câncer na família, por exemplo, pode ser um indicativo de que há uma predisposição genética herdada para doenças oncológicas que merece ser investigada. Essa investigação pode ser recomendada em casos de pacientes diagnosticados com câncer ou mesmo aqueles que não têm câncer, mas há suspeita, ao se observar o histórico familiar, da presença da predisposição.

 

Herdar a predisposição a determinada doença oncológica não quer dizer, necessariamente, que a pessoa vai desenvolver o câncer. O risco pode variar de acordo com o gene envolvido, sexo e estilo de vida, entre outros fatores.  Isso explica por que alguns familiares com a mesma alteração genética desenvolvem a doença  e outros não. No entanto, o risco é consideravelmente maior para aqueles que possuem a predisposição genética, em comparação com indivíduos que não têm essa alteração.  Ter essa informação é muito importante porque, entre outros aspectos, o médico do paciente poderá recomendar medidas para permitir o diagnóstico precoce e diminuir o risco.

 

 

A importância da consulta com o médico geneticista

 

O médico geneticista é o especialista capacitado a confirmar ou descartar a suspeita de um câncer hereditário. Além de levantar detalhadamente o histórico familiar do paciente, utiliza testes genéticos específicos. São exames para câncer hereditário, que identificam alterações genéticas herdadas, presentes nas células, associadas ao aumento no risco de desenvolver determinada doença oncológica. Com essa informação, é possível adotar medidas individualizadas de prevenção e rastreamento precoce, definir melhores tratamentos e, ainda, realizar o aconselhamento genético da família do paciente.

 

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Médico responsável: Dr. Natalia Faissol - CRM 102.004-8 /  RQE 51847   
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